ENTRE A VIDA E A MORTE
Sonia Rosalia Refosco de Oliveira
Ao ler as inúmeras cartas, selecionadas pelo jornal O Estado de São Paulo, condenando a Igreja Católica e o bispo que, segundo os leitores, excomungou os médicos, a mãe e todos os participantes do assassinato dos gêmeos da pobre menina de 9 anos, não posso deixar de refletir sobre o grande desconhecimento de setores da sociedade sobre a doutrina da Igreja.
Há aqueles que comentam a excomunhão da menina (fato que, obviamente, não aconteceu) e há quem se ofereça para ir ao inferno no lugar dos médicos. Há os céticos que dizem : "põe o meu nome na lista também" e o "grande" historiador e jornalista que escreveu: "Concedamos, por alguns momentos, que a “lei de Deus” esteja realmente acima da lei dos homens..."
É hilário, para não dizer... Triste.
Pelo direito canônico a excomunhão para as pessoas que praticam aborto ou colaboram com essa prática é automática. O bispo apenas alertou os desavisados. Só pediu que refletissem sobre a gravidade do fato.
Lembremos também que o direito à vida não é defendido só pela Igreja. Está garantido em nossa Constituição e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU.
A Igreja Católica sempre defendeu que não se pode, voluntariamente, tirar a vida de um ser humano inocente e, coerentemente, é contra o aborto em qualquer circunstância. Mesmo em casos particularmente dolorosos. Não se trata apenas da opinião de um bispo.
Mas, e a menina de 9 anos?
É uma vítima que precisa de amparo e carinho. Vítima de uma família mal estruturada. Vítima de um governo que joga preservativos em cima da população e incentiva o relacionamento sexual precoce com essa atitude. Vítima de uma sociedade que para todas as noites para assistir à baixaria que acontece no Big Brother.
E a solução encontrada por parte desta sociedade, qual foi?
1. Assassinar as duas crianças inocentes através de um aborto "legalizado".
(entre aspas porque se houvesse coerência jurídica a lei de 1940 jamais poderia prevalecer em face do que estabelece a Constituição de 88. Ou uma lei pode ser superior a um dispositivo constitucional?)
2. Expor a menina a um trauma do qual ela jamais se livrará.
3. Defender a "coitadinha da mãe" que foi excomungada pelo "bispo malvado".
4. Prender o "padrasto" da menina. Até agora é o único suspeito de tê-la engravidado.
5. Criticar veementemente a Igreja Católica por ser contra o aborto.
Essa mesma sociedade esquecerá desta menina nas próximas semanas, quando acontecer mais um clássico de futebol ou quando mais uma falcatrua acontecer na política brasileira ou, ainda, quando tiver mais um paredão no Big Brother.
Supondo-se que tenha sido o "padrasto" (faço questão de colocar entre aspas em respeito aos verdadeiros padrastos que zelam por seus enteados como se fossem os próprios pais biológicos) o gerador dessa atrocidade, vejamos qual será o resultado final dessa história:
O "padrasto" pegará alguns anos de cadeia.
Se for condenado a 18 anos e, na prisão, for bem comportado, terá sua pena reduzida. Hoje tem 23 anos. Aos 30 estará por aí, numa boa. Talvez freqüentando barzinhos e baladas e “pegando” algumas meninas.
A mãe em breve estará tentando "refazer" sua vida. Colocará outro homem dentro de casa? A excomunhão? Quem liga?
A pequena de 9 anos carregará para o resto da vida a triste lembrança de ter sido agredida por um monstro dentro de sua própria casa. Lembrará, com tristeza também, das duas vidas que foram geradas contra sua vontade e arrancadas como se fosse lixo.
Os gêmeos abortados foram jogados fora como “sujeira” que estava incomodando. Quem poderá dizer o que poderiam vir a ser caso não tivessem sido mortos?
O mundo precisa de católicos coerentes com sua fé. Que ajudem a melhorar o mundo. A começar pela defesa intransigente do direito à vida.
Para isso contamos com o apoio de todos, católicos ou não, que não querem que nossas vidas seja um imenso Big Brother.
Há aqueles que comentam a excomunhão da menina (fato que, obviamente, não aconteceu) e há quem se ofereça para ir ao inferno no lugar dos médicos. Há os céticos que dizem : "põe o meu nome na lista também" e o "grande" historiador e jornalista que escreveu: "Concedamos, por alguns momentos, que a “lei de Deus” esteja realmente acima da lei dos homens..."
É hilário, para não dizer... Triste.
Pelo direito canônico a excomunhão para as pessoas que praticam aborto ou colaboram com essa prática é automática. O bispo apenas alertou os desavisados. Só pediu que refletissem sobre a gravidade do fato.
Lembremos também que o direito à vida não é defendido só pela Igreja. Está garantido em nossa Constituição e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, da ONU.
A Igreja Católica sempre defendeu que não se pode, voluntariamente, tirar a vida de um ser humano inocente e, coerentemente, é contra o aborto em qualquer circunstância. Mesmo em casos particularmente dolorosos. Não se trata apenas da opinião de um bispo.
Mas, e a menina de 9 anos?
É uma vítima que precisa de amparo e carinho. Vítima de uma família mal estruturada. Vítima de um governo que joga preservativos em cima da população e incentiva o relacionamento sexual precoce com essa atitude. Vítima de uma sociedade que para todas as noites para assistir à baixaria que acontece no Big Brother.
E a solução encontrada por parte desta sociedade, qual foi?
1. Assassinar as duas crianças inocentes através de um aborto "legalizado".
(entre aspas porque se houvesse coerência jurídica a lei de 1940 jamais poderia prevalecer em face do que estabelece a Constituição de 88. Ou uma lei pode ser superior a um dispositivo constitucional?)
2. Expor a menina a um trauma do qual ela jamais se livrará.
3. Defender a "coitadinha da mãe" que foi excomungada pelo "bispo malvado".
4. Prender o "padrasto" da menina. Até agora é o único suspeito de tê-la engravidado.
5. Criticar veementemente a Igreja Católica por ser contra o aborto.
Essa mesma sociedade esquecerá desta menina nas próximas semanas, quando acontecer mais um clássico de futebol ou quando mais uma falcatrua acontecer na política brasileira ou, ainda, quando tiver mais um paredão no Big Brother.
Supondo-se que tenha sido o "padrasto" (faço questão de colocar entre aspas em respeito aos verdadeiros padrastos que zelam por seus enteados como se fossem os próprios pais biológicos) o gerador dessa atrocidade, vejamos qual será o resultado final dessa história:
O "padrasto" pegará alguns anos de cadeia.
Se for condenado a 18 anos e, na prisão, for bem comportado, terá sua pena reduzida. Hoje tem 23 anos. Aos 30 estará por aí, numa boa. Talvez freqüentando barzinhos e baladas e “pegando” algumas meninas.
A mãe em breve estará tentando "refazer" sua vida. Colocará outro homem dentro de casa? A excomunhão? Quem liga?
A pequena de 9 anos carregará para o resto da vida a triste lembrança de ter sido agredida por um monstro dentro de sua própria casa. Lembrará, com tristeza também, das duas vidas que foram geradas contra sua vontade e arrancadas como se fosse lixo.
Os gêmeos abortados foram jogados fora como “sujeira” que estava incomodando. Quem poderá dizer o que poderiam vir a ser caso não tivessem sido mortos?
O mundo precisa de católicos coerentes com sua fé. Que ajudem a melhorar o mundo. A começar pela defesa intransigente do direito à vida.
Para isso contamos com o apoio de todos, católicos ou não, que não querem que nossas vidas seja um imenso Big Brother.