quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PAPA CONDENA ATAQUE DE MUÇULMANOS A IGREJA CATÓLICA EM BAGDÁ

VATICANO, 01 Nov. 10 / 02:24 pm (ACI).- O Papa Bento XVI condenou energicamente o brutal ataque de fundamentalistas muçulmanos contra os fiéis que se reuniam no sábado à noite na Catedral católica de rito Sírio em Bagdá, e que deixou um alto número de mortos e feridos, incluindo dois sacerdotes, entre a perseguida minoria católica do país.


Durante a oração do Ângelus desta segunda-feira, o Pontífice disse:


“Rezo pelas vítimas desta absurda violência, ainda mais feroz porque atingiu pessoas indefesas, que estavam na casa de Deus, que é casa de amor e reconciliação”.


Seguidamente, o Papa expressou sua “afetuosa proximidade à comunidade cristã, novamente atingida, e encorajo todos os pastores e fiéis a serem fortes e firmes na esperança”.


O Santo Padre assinalou que, “Diante dos cruéis episódios de violência, que continuam dilacerando as populações do Oriente Médio, gostaria de renovar meu forte apelo em favor da paz que é dom de Deus, mas é também o resultado dos esforços de homens e mulheres de boa vontade, de instituições nacionais e internacionais. Todos unam suas forças a fim de que termine a violência!”


A Rádio Vaticano explicou que “A Igreja sírio-católica de Nossa Senhora do Socorro, em Bagdá, foi invadida por um comando armado que entrou no prédio, explodindo um carro-bomba. Os agressores tomaram como reféns os fiéis que estavam participando da Santa Missa. Em seguida a intervenção de forças de segurança que libertaram os reféns. Segundo informações da imprensa internacional os mortos seriam pelo menos 50 e os feridos 80”.


“Nós rezamos pelas vítimas deste terrível atentado e pelos terroristas para que seus corações se convertam”: disse à RV o Bispo Auxiliar de Bagdá dos Caldeus, Dom Shlemon Warduni.


Por sua parte, o diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi falou da preocupação da Santa Sé por esse dramático episódio, fazendo votos de que não haja mais violência.


O grupo terrorista “Estado Islâmico do Iraque” disse em um comunicado que tinha realizado o ataque contra a igreja de Bagdá para exigir a liberação “das muçulmanas detidas nos cárceres dos cristãos do Egito”.


Logo depois de tomar o templo e assassinar a dois sacerdotes católicos, os terroristas deram “um prazo de 48 horas à Igreja guerreira (Cristã) do Egito, cabeça da apostasia ali, para esclarecer situação de nossas irmãs de religião, detidas nos cárceres dos monastérios e as igrejas da infidelidade no Egito, as pôr todas em liberdade e anunciá-lo mediante um meio de informação que chegue aos mujahedins durante o prazo”.


A Igreja cristã Copta no Egito foi acusada falsamente por extremistas muçulmanos de “converter” à força a mulheres muçulmanas e retê-las em seus monastérios.


O ataque concluiu quando os militantes se dispersaram ou foram mortos durante o ataque de tropas de elite iraquianas, que retomaram o controle do templo e libertaram os sobreviventes.


Alguns depoimentos sobre o que aconteceu no dia 31 de outubro em Bagdá:
“Em todo lugar há sangue. A atmosfera está muito tensa. Eles entraram no confessionário e atiraram no Padre “, disse um jovem de 18 anos que não quis ser identificado e sobreviveu ao pesadelo.
“Foi um massacre lá …. Nós cristãos não temos proteção suficiente. O que devo fazer agora? Deixar o país e pedir asilo?” ? comentou Raed Hadi, membro da família de uma das vítimas.

De acordo com um jovem que estava presente e sobreviveu, os terroristas “entraram na igreja com as suas armas, vestindo uniformes militares. Invadiram o local de orações e imediatamente mataram o padre.
Monsenhor Pio Kasha, da Igreja Católica Siríaca, comentou: “Foi uma carnificina”.
O mesmo Monsenhor descreveu o ataque: “Os homens que realizaram os ataques eram muito bem organizados, [como fica patente] pela maneira como entraram … bem preparados e armados com metralhadoras, cintos de explosivos, e tudo o mais que poderiam precisar …. Como eles rapidamente fecharam as portas e encerraram os fiéis. Então, as forças de segurança vieram e …. foi uma verdadeira tragédia, tantas vidas perdidas …”
O Pe. Douglas Yousef Al-Bazy, que fora seqüestrado em 2006 e trabalhara com os dois padres executados, fez a seguinte declaração: “Aqueles que dizem que estamos seguros, que podemos viver em paz no Iraque, são mentirosos. Mas nós vamos ficar neste país, porque ainda há pessoas cristãs aqui e ainda temos uma missão aqui”.

O Pe. Wassim Sabih, um dos dois sacerdotes assassinados na igreja, empunhou um crucifixo e pediu aos terroristas que matassem a ele e poupassem os fiéis: a resposta deles foi jogá-lo no chão e crivar o seu corpo de balas.
Marie Freij, uma paroquiana, foi ferida na perna e ficou por três horas no chão, encharcada no próprio sangue e no dos padres. Sua declaração no hospital mostra a sublimidade da fé: “Eu pensei que talvez escapasse com vida, mas mesmo que não conseguisse, eu estava na igreja, e estaria bem”.
“Vários sobreviventes”, relata The New York Times, “disseram que muitas das mortes ocorreram quando os homens armados entraram e começaram a disparar a esmo nas pessoas, nos ícones da igreja e até mesmo nos vitrais das janelas. Eles descreveram a ferocidade dos atacantes, alguns dos quais falavam em dialetos de outros países árabes, como se a própria visão do interior da igreja os tivesse enraivecido. ‘Eles pareciam loucos’, disse Ban Abdullah, um sobrevivente de 50 anos de idade “.
O bárbaro ato de terrorismo foi reivindicado por um grupo terrorista ligado a Al-Qaeda, o “Estado Islâmico do Iraque”. De acordo com o site na Internet Intelligence Group, esse grupo divulgou o seguinte comunicado:
“Os Mujahidins invadiram um imundo ninho do politeísmo, que tem sido há muito considerado pelos cristãos do Iraque como quartel-general de uma guerra contra a religião do Islã, e foram capazes, pela graça de Deus e Sua glória, de capturar aqueles que estavam ali reunidos e assumir pleno controle de todas as entradas do local”.
A Missa é a renovação sacramental incruenta do Santo Sacrifício do Calvário, em que nosso Redentor derramou seu sangue por nós na mais terrível das mortes, aceita voluntariamente para nossa salvação.
Nesta Missa em Bagdá, no domingo 31 de outubro, o sangue dos fiéis se misturou com o do Salvador, fazendo com que o Santo Sacrifício, que é sem derramamento de sangue em sua essência, se tornasse sangrento em seus acidentes.
“O sangue dos mártires é semente de cristãos” (sanguis martyrum semen Christianorum), segundo a expressão consagrada de Tertuliano. Possa o sangue derramado pelos nossos irmãos na Fé, oprimidos pelo islamismo no Iraque e alhures, obter do Deus Todo-Poderoso a graça de despertar no Ocidente, a coragem necessária para enfrentar os inimigos do Cristianismo bem como a vontade de lutar pela verdadeira Fé de Nossa Senhor Jesus Cristo.
Fonte:



Vejam o link. (contem imagens fortes que não devem ser assistidos por pessoas sensíveis ou crianças)

http://gloria.tv/?media=108797